Um
eventual reajuste dos combustíveis não será motivado pela forte alta do dólar
nos últimos meses, disse a última quinta-feira, dia 29, de agosto o ministro da
Fazenda, Guido Mantega. Ele evitou confirmar se a gasolina e o diesel nas
refinarias vão subir de preço antes do fim do ano, mas disse que a cotação da
moeda norte-americana não provocará o aumento.
“Existe
um critério que a Petrobras segue. Os reajustes não se dão imediatamente depois
que muda o preço do combustível internacional. A empresa segue uma política
normal de reajustes periódicos adequados”, disse o ministro.
Apesar
de confirmar que os reajustes são periódicos, o ministro não estipulou data
para um novo aumento. “Não estou anunciando que vai ter ou não ter [o reajuste
dos combustíveis]. Todo ano tem reajustes, até mais de uma vez por ano, mas até
agora nada está definido. O que quis dizer é que um eventual aumento não terá
nada a ver com a flutuação muito brusca do câmbio”, explicou.
Neste
ano, os combustíveis que chegam às refinarias sofreram dois reajustes. Em
janeiro, a gasolina aumentou 6,6%; e o diesel, 4,4%.Em março, a Petrobras
elevou o preço do diesel em mais 5%. Nas bombas, o preço é livre.
Apesar
das alegações do ministro de que existe uma defasagem nos reajustes dos
combustíveis, a alta do dólar pressiona as contas da Petrobras, que precisa
importar gasolina e óleo diesel para cobrir a demanda doméstica e compensar a
falta de refinarias no país. No início do mês, o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, confirmou que a estatal pediu ao governo um aumento de até 15%
nos preços dos combustíveis.
Fonte:
Jornal do Brasil
Dia
30 de agosto de 2013