Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Faltam motoristas de caminhão no mercado; salário chega a R$ 3 mil
Existe uma profissão no Brasil que tem, atualmente, cem mil vagas abertas. E o salário pode chegar a R$ 3 mil, segundo os empregadores. Mas faltam motoristas de caminhão no mercado. Pouca gente se interessa por um trabalho conhecido pelas jornadas longas e por perigos. E o esforço das empresas é para acabar com essa imagem.
Para atrair os motoristas, os patrões alegam que investiram em segurança contra o roubo de carga. Os caminhões mais modernos exigem menos esforço. Tem também a lei que determina limite de horas para rodar.
“Além de contribuir com a questão do primeiro emprego, é também atrair novos profissionais para o setor do transporte”, afirma a diretora do Sest-Senat, Joabete Xavier de Sousa.
Mas eles só devem entrar no mercado de trabalho daqui a dois anos. E isso não resolve todo o problema. Segundo as empresas, faltam 100 mil motoristas no país.
O pátio de uma transportadora nunca esteve tão cheio. “Nós estamos com 40 caminhões parados por falta de mão de obra. Um prejuízo no faturamento de mais de R$ 2 milhões”, revela o gerente de transportes Reiner Rodrigues Nery.
Em Curitiba, a solução foi trazer motoristas da Colômbia, onde existe excesso de mão de obra no setor. Vinte já foram contratados e outros 24 devem começar a trabalhar em breve.
“Não é complicado rodar, é muito parecido com a Colômbia”, afirma o motorista Sandro Blanco.
“A desvantagem é o tempo na documentação e no treinamento. Este processo demora uma, duas, até três semanas, onde as empresa têm que assimilar essa contratação sem ter o profissional”, comenta Luiz Podzwato, superintendente do sindicato das empresas de transportes de cargas do Paraná.
Em Goiás, as empresas estão formando caminhoneiros por conta própria. Na sala de aula de uma transportadora de combustível, um equipamento, que lembra a frente de um caminhão, é um simulador usado para treinar os motoristas e candidatos que chegam sem nenhuma experiência.
“Salário não é problema. Salário de motorista é um bom salário. Tem motorista que chega a ganhar R$ 3 mil por mês”, conta um homem.
O motorista Edmar Dionízio da Silva, que hoje dirige uma ambulância, está se preparando para voltar a ser caminhoneiro. “O ganho vai ser um pouquinho mais e vou estar fazendo o que eu gosto e o que eu quero”, diz.
Em outra transportadora, vale contratar até mulher de caminhoneiro. Cida viaja com o marido, mas cada um na sua carreta.
“Onde eu carrego, meu esposo carrega. Onde ele carrega, eu carrego. Onde ele descarrega, eu descarrego. E nisso nós dois estamos aí junto sempre”, conta ela.
Fonte: G1