Criada em 1989 a RDC dedica-se ao desenvolvimento de soluções integradas de softwares de gestão corporativa e logística para o mercado latino americano. Empresa genuinamente brasileira, a RDC busca atender às necessidades específicas de seus clientes. Como consequência conquistou a liderança nacional em soluções para o setor de armazenamento, movimentação e distribuição de veículos zero km.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
CNT busca empresários chineses para investir no transporte brasileiro
Desde o início de abril, os empresários chineses do setor de infraestrutura e transporte, que desejam ampliar seus investimentos para outros países, contam com a assessoria da Confederação Nacional do Transporte (CNT). A entidade abriu o seu primeiro Escritório Avançado no exterior, em Pequim, com o objetivo de apresentar aos chineses as oportunidades de negócios no Brasil.
O diretor de Relações Internacionais da CNT, Harley Andrade, destaca que a China foi escolhida porque o país serve de exemplo para o mundo inteiro: realizou, nos últimos anos, diversas obras de infraestrutura para urbanizar o país, todas com tecnologia barata e soluções inteligentes. Ele acredita que essa expertise chinesa pode servir de exemplo ao Brasil.
Confira a entrevista exclusiva que o executivo concedeu à Agência CNT de Notícias:
Porque a CNT escolheu a China para instalar o seu primeiro escritório fora do país?
A China é um país muito grande, que busca tecnologias no mundo inteiro para transformá-la em algo mais barato, mais acessível. Nosso grande desafio é buscar essas tecnologias que foram feitas na área de transporte e trazê-las para o Brasil. O país não tem avançado mais porque enfrenta graves problemas de infraestrutura. A China tem soluções inteligentes e avançadas que podem nos servir de inspiração. A CNT, como entidade de classe do transporte, pode sugerir projetos mais importantes, que demandam investimentos. Temos que fazer um papel de ‘ponte’, criar as oportunidades.
A China se destaca no setor de infraestrutrura?
Sim, a China investiu demais neste setor nos últimos anos. As grandes empresas que fizeram a transformação estão ociosas e querem ganhar o mundo. Nosso objetivo é identificar potencias parceiros, empresas que tenham interesse de investir no Brasil. Também queremos identificar empresas brasileiras que queiram se associar aos chineses. Nossa ideia é fazer com que eles se conheçam, troquem experiências.
Quais problemas de infraestrutura chamam atenção no Brasil?
Em todos os setores temos problemas de infraestrutura. Sabemos, por exemplo, há sete anos, que o Brasil seria sede da Copa do Mundo. No entanto, enfrentamos caos nos aeroportos, faltam projetos e os investimentos sempre são feitos com atraso. Outro assunto que está com a ‘luz vermelha’ acesa são as ferrovias.
Quais são as primeiras ações de previstas pelo Escritório?
Este ano, há uma visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, prevista para acontecer no mês de julho, durante a Copa. Vão ser debatidos diversos temas e o Ministério das Relações Exteriores nos pediu para sugerir projetos de transporte que são prioritários para o Brasil. Fizemos este levantamento e constatamos que o país precisa de investimentos em concessão de rodovias; construção e recuperação de trechos ferroviários; e obras de navegação interior como dragagem, abertura de canais e construção de eclusas e terminais.
Como vai acontecer este intercâmbio de informações entre os empresários brasileiros e chineses?
Para atrair os investimentos em infraestrutura no Brasil, o grande objetivo é promover missões internacionais, levar grupo de empresários para a China para que eles conheçam as tecnologias aplicadas, além de identificar possíveis empresas que tenham interesse de vir para cá. Também escolhemos Pequim porque é o centro político da China, e é preciso estar perto das decisões.
Outro objetivo, que está em nosso planejamento estratégico, é fazer dois seminários ainda este ano, um no Brasil e outro na China, sob o ponto de vista da infraestrutura. Queremos mostrar para os empreendedores brasileiros o que aconteceu na China nos últimos anos. Vamos convidar executivos do transporte, operadores de logística ferroviária e portuária, construtores, empreiteiros. Para os brasileiros, queremos falar um pouco sobre a China, sobre as possibilidades que eles oferecem.
Como é formada a equipe que vai trabalhar com o Escritório?
Nós fomos para o mercado e avaliamos perfis de diversos executivos. Chegamos ao nome de José Mário Antunes, que trabalhava no Banco da China, já morou no país por vários anos e vasta experiência na área. Ele será o coordenador das ações do Escritório em Pequim. Também vamos contar com o apoio de renomados consultores para facilitar o contato com as autoridades chinesas: Clodoaldo Hugueney Filho, ex-embaixador do Brasil na China; Sergio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China; e Marcos Caramuru, ex-cônsul-geral do Brasil em Xangai. Buscamos nos cercas de excelentes profissionais para fazer um trabalho coeso, forte, desde o início.
Fonte: CNT