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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Reunião na sede do MPF discute duplicação da rodovia AL-101 Norte
Representantes do Ministério Público Federal (MPF), de órgão ambientais e moradores do Litoral Norte tiveram na sede do MPF a primeira reunião para discutir a duplicação da AL-101 Norte.
A preocupação de todos que participaram do encontro é que o projeto de duplicação da via seja diferente da obra da AL-101 Sul. “A nossa preocupação é que não cometam os mesmos erros da AL 101 Sul, onde falta ciclovia, passarela, sinalização e calçadas", afirma o coordenador da Associação de moradores da Região Norte, Mario Jorge Sampaio
Para a procuradora da república responsável pelo meio ambiente, Raquel Teixeira, as preocupações dos moradores são pertinentes. “Até hoje não foram cumpridas as ciclovias, passarelas. Esperamos que saia tudo certo e não haja problema com essa obra. Quanto ao meio ambiente, vai ter impacto, sim, em praias, mangues. Mas o principal é saber de que forma isso vai afetar a vida da população”, avalia Raquel.
“Nós vamos exigir estudo de impacto ambiental, além de uma audiência pública para, a partir daí, fornecer a licença”, completa o diretor técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ricardo Cesar Oliveira.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER/AL) apresentou um projeto preliminar que mostra a primeira fase da obra. No documento, estão incluídas ciclovias, viadutos, iluminação e paradas de ônibus. No estudo, a duplicação começa com um viaduto construído em frente ao shopping de Cruz das Almas, conta com um contorno em Riacho Doce e uma ponte estaiada sobre o Rio Sapucaí, na praia de Tabuba.
“Tendo todos os cuidados, já que se você começar errado e consertar depois terá um prejuízo de tempo e dinheiro, acredito que a obra comece no final do ano”, prevê o Presidente do DER/AL, Genes Darles Luna Pereira.
No total, 30 km da rodovia serão duplicados. A obra vai de Maceió até a Barra de Santo Antônio e deve ser financiada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No estudo preliminar feito pelo DER/AL a previsão de custo deste trecho é de R$ 453 milhões, sendo R$ 90 milhões só para a desapropriação.
Entre os moradores que trafegam pela via, a expectativa é que o projeto realmente saia do papel. “Se for realmente duplicada, vai ser ótimo para nós que trabalhamos aqui e também quem viaja nesse trecho”, opina um dos condutores. "E uma obra importantíssima, tanto para o turismo, quanto para o escoamento do pessoal que passa frequentemente pela via", observa outro motorista.
Fonte: G1 Alagoas