O distribuidor de bebidas, Carlos Matos, 41, diz não aguentar mais o trânsito de Fortaleza. Circulando pela cidade, ele comenta que os caminhões têm tomado conta das avenidas. "Como há muitas obras, construção de prédios na Aldeota e no Cocó, grandes empreendimentos na Washington Soares, é muita demanda de trabalho. Toda hora circulam betoneiras bem cheias de matérias de construção", diz.
DesafiosPercebendo os problemas que esses "indesejáveis" veículos de tração causam nas principais vias da cidade, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), após estudos sobre os fluxos, promete, para breve, a criação de nova restrição de caminhões no trecho de 8,5 quilômetros entre a BR-116 - esquina com Rua Cinderela- , seguindo pela Raul Barbosa, tomando toda a Via Expressa até convergir com a Avenida Abolição, no Mucuripe.
Nesse disputado espaço, circulam, conforme o Diário do Nordeste já anunciou no último dia 2, aproximadamente 269 veículos pesados no intervalo de apenas duas horas, entre 17h e 19h. É justamente nessas grandes vias que se observa os intensos congestionamentos e a disputa de carros particulares, com ônibus, diversas "cegonhas" e betoneiras roubando espaço.O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Logística do Ceará (Setcarce), Clóvis Nogueira, torce para que essa restrição saia logo do papel. Já é uma demanda, segundo ele, muita antiga e necessária, há mais de cinco anos está "emperrada" nas gavetas da burocracia.
Ainda no segundo semestre de 2011, por exemplo, a Prefeitura de Fortaleza chegou a confirmar, em matéria publicada no Diário do Nordeste no dia 16 de setembro, que a proibição na Raul Barbosa começaria nas semanas seguintes. Passaram seis meses e a gestão municipal, conforme o sindicato, continua a postergar as novas medidas, colocando "panos quentes".Fonte: Diário do Nordeste/CE