quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Postos prometem não repassar o reajuste da Pebrobras


O aumento de 10% anunciado pela Petrobrás no preço dos combustíveis vendidos para as refinarias não deverá chegar ao consumidor final. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), a redução da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) será suficiente para equilibrar custos e evitar aumentos nas bombas dos postos de combustível.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, as duas medidas se equivalem. De acordo com o decreto que trata da redução da Cide, desde ontem e até 30 de junho de 2012, as alíquotas da gasolina passarão de R$ 0,192 por litro para R$ 0,091 e do óleo diesel de R$ 0,07 por litro para R$ 0,047. A expectativa é que nos oito meses em que a medida vigorar o governo deixe de arrecadar R$ 2 bilhões com o tributo.

O objetivo do governo é que impedir que um eventual reajuste do combustível alimente uma escalada de preços. O presidente do Sindicom disse que ainda é cedo para prever o que vai acontecer em junho de 2012, quando termina o prazo anunciado pelo governo para a redução da contribuição. "O governo abriu mão de arrecadar a Cide e disse que (a diminuição) dura até meados do ano que vem. O que vai acontecer depois disso teremos de esperar para saber", ponderou.

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) publicou nota em que diz não esperar reajustes em função das alterações. O texto ressalta, no entanto, que "o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora decidir qual será o seu preço final, de acordo com as suas estruturas de custo". A Federação representa cerca de 38 mil postos de combustível de todo o país.

Fonte: OTempo – MG