O excesso de cargas em caminhões que cruzam as estradas de todo o País, além de provocar risco aos demais motoristas, causa destruição da camada asfáltica e, com isso, mais riscos de acidentes.
A Polícia Rodoviária Federal, o que também acontece com a força de fiscalização rodoviária do Estado, está trabalhando com disposição, no sentido de coibir o abuso de motoristas transportadores que, levados pela ganância de mais lucros, colocam a própria vida em risco e fazem com que os registros sobre acidentes aumentem de maneira considerável.
Não sendo suficiente o desleixo dos governos da União e dos Estados, que deixam de investir em segurança rodoviária, fazendo com que estradas de máxima importância para o escoamento de cargas terminem quase que intransitáveis, pela presença de muitas crateras, prejudicando motoristas pela quebra de molas, pontas de eixos, destruição de caixas de cambio e pneus, entre outros; além da presença de rodovias sem acostamento, sem sinalização ou com estas cobertas pelo mato que cresce às margens das estradas; não bastasse a presença de motoristas drogados e alcoolizados, que fazem das pistas de rodagem um verdadeiro inferno; aparecem os irresponsáveis, que conduzem veículos pesados com cargas além do limite permitido.
Devem ser louvados, embora faça parte da própria atividade, o serviço que vem sendo executado, como mostra reportagem do Agora, pela Polícia Rodoviária Federal, que semana passada flagrou, na BR-392 (Pelotas-Rio Grande) um número superior a 12 caminhões, que rumavam para os terminais do Superporto, com excesso de carga e que foram, após autuados, levados para o pátio daquela força, na Vila da Quinta, de onde somente saíram após o pagamento das multas e a transferência, para outros veículos, do excesso de peso que transportavam.
Os rodoviários federais aplicaram multas, também, pela situação em que se apresentavam os veículos, com falta de documentação competente e tração fora do limite.
Entendemos como justas as reclamações dos caminhoneiros pela falta de zelo com as rodovias, pelo governo; quando reclamam que os veículos, muitas vezes, são transformados em verdadeiros armazéns, parados junto aos terminais, por vários dias, à espera da descarga, com prejuízos, porque estão perdendo fretes enquanto parados, mas também condenamos motoristas irresponsáveis, que rodam com excesso de cargas, como adversários da própria categoria ao colocar em risco a vida de companheiros de estrada.
Fonte: jornalagora.com.br