Os motoristas que utilizam o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) devem ficar atentos. A partir desta quinta-feira, o limite de velocidade no topo da Serra será reduzido até o Km 39, como acontece entre o Km 53 e o Km 43 da Pista Norte da Rodovia dos Imigrantes. Os veículos não poderão ultrapassar 100 km/h, ao invés dos 120 km/h, como era permitido do Km 43 ao Km 39.
O trecho no qual o condutor precisará diminuir a velocidade inclui o Km 41, em São Bernardo do Campo, onde será instalado um radar de fiscalização. Esta é a localização exata do megaengavetamento que envolveu mais de 100 carros e causou a morte de uma pessoa, no último dia 15 de setembro. A medida faz parte de um pacote de segurança aprovado pela Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Por enquanto, quem ultrapassar os 100 km/h não será autuado. A Ecovias, concessionária que administra o SAI, informa que vai manter um período educativo para os motoristas até o dia 22 de dezembro. Após esse período, a Polícia Rodoviária ficará responsável pelas autuações. Painéis informarão aos motoristas as novas regras.
Neblina
Apontada como a grande vilã do SAI, a neblina é a responsável por todas as alterações feitas tanto na Rodovia dos Imigrantes quanto na Rodovia Anchieta.A partir de 15 de fevereiro, em dias de forte serração, a ultrapassagem de caminhões será proibida nos trechos de Serra das pistas Norte da Rodovia dos Imigrantes e da Rodovia Anchieta, entre o Km 55 e o Km 40.
Além disso, quando a visibilidade estiver abaixo dos 100 metros, o limite de velocidade passará a ser de 40 km/h. De acordo com a Polícia Rodoviária, neste caso, a fiscalização será feita por meio de radares inteligentes móveis, que estão em fase de teste.
Um novo tipo de sinalização luminosa será utilizado como uma arma contra a neblina. A instalação, reservada especialmente aos pontos com redução de visibilidade, deve ser feita nesta madrugada pela Ecovias.
Além da nova iluminação, será instalado um novo painel de mensagens variáveis, no Km 49, que indicará os limites de velocidade permitidos no trecho, de acordo com a visibilidade.
Dever cumprido
Todas as medidas de segurança foram tomadas após uma reunião entre representantes da Artesp, da Polícia Rodoviária, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan) no último dia 1º.
O presidente do Sindisan, Marcelo Marques da Rocha, acredita que agora as discussões caminham para o rumo certo. “Não podemos considerar uma rodovia onde se engavetaram tantos veículos como a melhor do País. Providências devem ser tomadas”, destaca.
A instalação de um novo tipo de sinalização era um pleito antigo do sindicalista. Antes mesmo do acidente do dia 15 de setembro, Rocha já havia encaminhado ofícios à Ecovias e à Artesp solicitando medidas preventivas no sistema. “A sinalização de solo amarela, semelhante à utilizada em aeroportos, foi finalmente considerada viável e isso nos dá muito mais tranquilidade para trafegar diariamente”.
Fonte: A Tribuna