quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Parada na Reduc reduz oferta de S-50


A Petrobras teve de interromper as entregas de diesel S-50 devido a uma parada da unidade de hidrotratamento da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), região metropolitana do Rio de Janeiro. O problema causou a redução dos estoques das distribuidoras de combustíveis do Estado do Rio, segundo Alísio Vaz, presidente do Sindicado Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom).

Na quinta e na sexta-feira da semana passada (19 e 20), os estoques registravam dois dias, quando o ideal é por volta dos cinco dias. A estatal não informou quando foi essa interrupção, mas destacou que as entregas foram "normalizadas" desde 19 de setembro. De acordo com a Petrobras, a partir de ontem, a empresa intensificou o ritmo de entregas "de modo a permitir alguma recomposição de estoque" pelas distribuidoras.

"Houve problemas na refinaria [Reduc] nas últimas semanas que levaram à redução da oferta", disse Vaz, após apresentar palestra no 1º Encontro de Logística de Biocombustíveis do Rio de Janeiro. "A Petrobras está se mobilizando para superar isso, mas os estoques são baixos", disse Vaz.

A Petrobras ressaltou que a empresa ofertou volume equivalente para retirada do produto em outros polos de venda da região Sudeste. A ação está prevista nas condições contratuais da estatal com as distribuidoras. Além disso, a empresa ainda programou a chegada de um navio para reforçar os estoques na região. "Estamos trabalhando com muita intensidade para superar isso [estoques reduzidos], especialmente contando com essa normalização dos bombeios pela Petrobras", afirmou o presidente do Sindicom.

Vaz afirmou ainda que o Diesel S-50 está de 5% a 10% mais caro que o diesel comum no país. Segundo ele, grande parte da diferença pode ser explicada pelos custos logísticos. Além das grandes distâncias que são percorridas para o abastecimento do diesel menos poluente, a demanda ainda é muito inferior à do diesel comum, já que atende apenas à nova frota de caminhões, que tem motor Euro 5.

Fonte.: Valor Econômico