sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Alteração na lei preocupa membros do setor de seguros em transportes



A possível mudança na legislação do seguro em transportes marítmo e rodoviário preocupou membros do setor que estiveram presentes durante o Fórum de Transportes e Sinistros organizado pela gestora de riscos e consultora inglesa Aon.

Com a participação de mais de cem executivos das maiores empresas de transporte e seguros do país, o evento discutiu o novo Código Comercial brasileiro, que poderá acarretar em importantes alterações na dinâmica do transporte marítimo internacional de cargas, segundo informações dos organizadores.

"A lei pode diminuir ou limitar algumas responsabilidades para o transportador", explicou à Agência Efe Ricardo Guirao, diretor de transportes da Aon no país.

Ele reconhece também que com as novas mudanças, a análise e os cálculos de seguro "poderão ser alterados".

O mercado de seguros em transportes do Brasil é o "maior da América Latina", continua Guirão que conta que o negócio movimenta aproximadamente R$ 3 bilhões (US$ 1,213 bilhão) anualmente no país.

Perguntado pela Efe, o diretor reconhece que o setor tem sentido um aumento na sinistralidade em relação ao ano passado e que hoje, a cada um real do prêmio dado pela seguradora, 65 centavos são direcionados para cobrir o sinistro.

Outro tema destacado no Fórum que reuniu representantes de seguradoras nacionais e internacionais foi o das profundas mudanças na rotina de embarcadores e transportadores com as recentes determinações legais em torno da Dispensa de Direito de Regresso (DDR).

DDR é um documento em que transportadores abrem mão do direito de buscar o ressarcimento por sinistros indenizados.

Guirao conta que esta medida fez com que muitos transportadores deixassem de fazer o seguro, que é obrigatório, mas a partir da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as empresas que atuavam de forma irregular foram notificadas.

Segundo o diretor da Aon, o evento que ocorreu nesta manhã é importante pois trouxe informações "com imparcialidade" tanto para os transportadores quanto para os embarcadores, que são os que contratam o serviço de transporte.

Fonte: EFE

Transportadoras pagam cerca de 30% mais impostos que outros serviços



O setor de transportes tem uma tributação aproximadamente 30% maior do que outras formas de prestação de serviços, segundo o advogado especialista em reestruturação de empresas e planejamento tributário, Jorge Marcelino, sócio do escritório Marcelino Sociedade de Advogados.

Em entrevista à Agência CNT de Notícias, ele explica por que a incidência de impostos é mais elevada e diz que a escolha correta do regime tributário a que as empresas devem se submeter pode reduzir em até 40% os impostos pagos pelas transportadoras.

Por que o setor de transportes é um dos mais tributados em todo o país?

O setor de transportes é um dos ramos que sofre grande incidência tributária no desenvolvimento de suas atividades; em média, os transportes têm uma tributação aproximadamente 30% maior do que outras formas de prestação de serviços.

A grande quantidade de tributos que incidem sobre estas atividades, somadas às elevadas alíquotas, acabam sendo um elemento determinante para a representatividade deste fardo, mas não é só isso. Um fator relevante é a incidência predominante do ICMS, ao invés do ISS, sobre a prestação de serviços intermunicipais e interestaduais. A alíquota deste imposto representa, sozinha, até 12% do valor do frete contra os 2% a 5% aplicáveis ao ISS. É certo que o ICMS é um tributo de natureza não cumulativa, o que gera ao empresário a possibilidade de aproveitar-se de créditos que são gerados pelos ativos e insumos utilizados na prestação de serviços, o que tende a diminuir o montante a ser recolhido. O problema é que a metodologia desta “tomada de créditos” é complexa e exige do empresário um certo planejamento e preparo, para que além de otimizar a sua utilização o faça de maneira a cumprir com os trâmites burocráticos, sob pena de ter tais créditos estornados juntamente com a aplicação de multa.

A realidade difere por modal?

Sim, a tributação acaba afetando os modais de forma distinta. Isso ocorre em função da estrutura de insumos inerentes à cada modal e os incentivos fiscais. No que concerne à estrutura de insumo, ao analisarmos os elementos de compõe o valor do frete em cada uma dos modais vemos que a representatividades dos custos fixos relacionados aos ativos utilizados no desemprenho dos serviços e custos variáveis, representados pelos consumíveis utilizados, varia conforme o modal de transporte. No ferroviário, por exemplo, tais custos fixos representam uma parcela predominante do frete em função do custo de aquisição de locomotivas e construção/manutenção de ferrovias. Já no modal rodoviário, os custos variáveis como combustível, pneus e pedágio representam a maior parte deste valor. Considerando que cada espécie de insumo pode comportar uma tributação distinta e uma geração de crédito também distinta, a composição dos custos fixos e variáveis que formam os valores do frete carrega consigo uma variação da carga tributária. Tudo isso acaba agravado pelo segundo fator: os incentivos fiscais. Note-se que incentivos concedidos recentemente ao transporte coletivo de passageiros, à aquisição de equipamentos ferroviários ou mesmo ao transporte aéreo acabam desonerando certos modais em detrimento de outros, seja de forma indireta, através da redução da incidência tributária nos insumos, seja de forma direta, através da redução da alíquota final.

O empresário, logicamente, sofre esses impactos economicamente. Mas para o consumidor final dos produtos ou usuários do sistema de transportes? Há uma estimativa do impacto no preço final dos serviços e/ou produtos?

Não existem levantamentos precisos que apontem o quanto a tributação impacta no valor final dos preços dos serviços logísticos, especialmente porque, além das peculiaridades inerentes a cada modal, devemos considerar a possibilidade de adoção de diferentes formas de apuração de lucro e adoção de créditos presumido. Segundo um levantamento realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a composição média do valor do frete no transporte rodoviário é composta da seguinte maneira: 20% com manutenção dos caminhões e carretas; 19% com despesas de pessoal; 14% com combustíveis e lubrificantes; 10% com material de consumo; e 30% com tributos incidentes direta ou indiretamente sobre a atividade. Tomando-se em conta tais números, nos parece clara a possibilidade de reflexo direto dos tributos na formação dos preços finais.

O tema da reforma tributária, sempre em voga e sempre tão “inalcançável”, deve ser pautado como forma de solução dessa problemática?

A reforma tributária é medida necessária em todos os setores da economia brasileira. O nosso sistema tributário, além do peso financeiro, carrega também o custo burocrático. Um recente levantamento estimou que hoje existem aproximadamente 320 mil normas de natureza tributária vigentes no país e que 36 novas normas surgem diariamente. Especificamente no setor de transportes, acredito que a reforma do ICMS seria a mudança de maior impacto. Na configuração atual, a competência estadual do tributo acaba por formar uma colcha de retalhos que dificulta não somente a tomada de créditos, mas também a determinação de quem deve recolher o tributo. Um exemplo disso ocorre com o ICMS no estado de São Paulo na prestação de serviços de transporte por empresa não detentora de Inscrição Estadual. Nesta hipótese, o contratante dos serviços, e não o operador logístico, é responsável pelo recolhimento do imposto e único detentor do direito de crédito decorrente dele. Note que isto tem um impacto enorme, pois retira do valor do frete o seu maior tributo. Por outro lado, obriga as empresas tomadoras do frete a manter procedimentos distintos para seus operadores logísticos. Mais um exemplo que verificamos no estado de São Paulo é o conceito restritivo para insumos. Em função disto, e segundo uma decisão administrativa recente, pneus e lubrificantes não devem ser considerados como insumos, o que é amplamente possível em outros estados. Assim, se a proposta para reforma tributária avançar nos termos propostos atualmente, a competência para a tributação sobre serviços e mercadorias passaria a ser da União, o que provoca uma unificação de alíquotas, incentivos, conceitos e procedimentos. Isso seria um grande avanço para o país.

Há uma estimativa de quanto os tributos impactam sobre a lucratividade das empresas?

Da mesma forma que temos dificuldade em medir o quando da carga tributária é transferida ao consumidor final, em função da diversidade estrutural das operações logísticas, é muito difícil afirmarmos em que percentual os tributos afetam os lucros das empresas. De toda maneira, utilizando-se agora de levantamentos divulgados pelo Ipea e pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a margem de lucro do setor logístico costuma ser muito apertada. Segundo estes estudos a lucratividade destes operadores logísticos pode ser dividida em quatro patamares distintos: 25% das empresas fecharam suas contas no prejuízo nos últimos quatro exercícios; 25% das empresas apresentam lucro líquido entre 0% a 2%; 25% das empresas apresentam lucro líquido entre 2% a 5%; 20% das empresas apresentam lucro líquido entre 5% e 10%; e 5% das empresas apresentam lucro líquido superior a 10%. Se contrastamos estes dados ao percentual de quase 30%, que é a carga tributária média no setor de transportes segundo o IBPT, temos que a incidência tributária pode ser de três a quinze vezes maior que o lucro líquido obtido.  Isso torna o planejamento tributário um dos aspectos mais importantes para o empresário que desenvolve atividades neste ramo.

O que pode ser feito, pelos empresários, para que sofram menos os impactos econômicos da elevada carga tributária? O que deve ser considerado na escolha do regime tributário com que a empresa trabalha?

A melhor e mais acertada medida é a escolha do regime tributário adequado à cada empresa e o correto aproveitamento de créditos e incentivos. Muitas vezes a escolha por regimes simplificados de apuração e a utilização de créditos presumidos costumam causar reduções drásticas na lucratividade, sem que o empresário se dê conta do que está ocorrendo. Veja-se, por exemplo, que a lucratividade estimada para serviços de transporte no regime de apuração do lucro presumido é de 8%, enquanto os estudos do Ipea indicam que quase 75% das empresas não detém esta margem. Se a presunção de lucro é maior que o lucro efetivo, isso significa que o empresário está pagando tributos sobre algo que não existe. É por isso que, na grande maioria dos casos, a adoção da apuração pelo regime do lucro real é a mais adequada. A realidade não é muito diferente no caso do ICMS: os estados costumam oferecer às empresas créditos presumidos, que reduzem a burocracia na apuração, em troca da adoção de um desconto padrão no valor a ser recolhido. Note, porém, que, enquanto os estados oferecem créditos presumidos em percentuais que variam de 20% a 30%, os insumos podem chegar a 44%, isso sem contar créditos gerados pelos ativos permanentes. O grande problema é que a readequação ou mesmo a revisão dos procedimentos de apuração não é tarefa simples. A mera opção pelo regime de apuração pelo lucro real ou a tomada de créditos efetivos no ICMS não é garantia de redução na carga tributária. Pelo contrário, as alíquotas efetivas são mais altas e a falta de reconhecimento de custos, despesas e créditos pode resultar em uma carga tributária proibitiva.

Que tipo de resultados podem ser obtidos com a escolha correta? Pode apresentar exemplos?

Os resultados podem ser sentidos em toda a operação. A correta implementação de um planejamento tributário para o setor de transporte se inicia já na estruturação de um plano de contas adequado. É através dele que o reconhecimento de todos os custos fixos e variáveis, assim como receitas, deve ser feito. A partir da correta classificação destes elementos, é possível fazer com que tributos Imposto de Renda e Contribuição sobre o Lucro incidam somente sobre os resultados efetivos, ou ainda que a empresa reduza em até 70% o ICMS incidente através da correta utilização dos créditos gerados, custos fixos e variáveis. Para termos ideia do que isso significa, tomemos em consideração dois exemplos: o primeiro é de uma empresa que está precisando renovar sua frota, mas em função dos resultados acredita não haver margem para pagamento de financiamentos. Ao adotar o regime do lucro real e a apuração efetiva dos créditos de ICMS, a empresa tem a possibilidade de tomar como crédito todo o PIS, COFINS e ICMS incidentes sobre um caminhão adquirido, além de considerar como “despesa” a depreciação do bem nos 48 meses seguintes a sua aquisição. Se créditos significam redução no valor do tributo a ser recolhido e se despesas significam redução do resultado efetivo, essa desoneração pode tornar viável a renovação da frota usando parte dos valores que antes eram recolhidos como tributos. Outro exemplo nos remete novamente ao ICMS do estado de São Paulo: se ter a inscrição estadual traz para o operador logístico a obrigação de recolhimento do tributo, bem como os ônus dos conceitos restritivos de insumos, eventuais operações lucrativas em outros estados podem não apresentarem os mesmos resultados em território paulista. Em conclusão, o planejamento tributário através da escolha correta do regime de apuração e o correto aproveitamento dos créditos, a despeito dos procedimentos extremamente rígido e burocráticos estabelecidos em lei, costuma impactar de forma significativa nos resultados da empresa, seja através do aumento da lucratividade, seja através do uso de créditos tributários como subsídio à renovação da frota.

Fonte: CNT

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Radares e multas são armadilhas do trânsito de Mogi



O motorista de Mogi Mirim vai ter que tomar cuidado daqui para frente. Qualquer descuido pode valer uma multa. A cidade ganhou muitos radares de velocidade e de fiscalização de faixas de pedestres e avanço de sinal vermelho. Não bastasse isso, agora há indícios de uma mega operação para multar, de dia, de noite, a qualquer hora, em qualquer situação, em qualquer lugar.

Os indícios desta filosofia implantada pela Secretaria de Mobilidade Urbana, o departamento de Trânsito repaginado por neologismo, já vem de algum tempo. Motoristas são multados no Centro da cidade por dirigir com o braço na janela, ou motociclista por pilotar segurando o guidão sem as duas mãos.

Nos últimos dias foi possível reparar a volta da atuação forte das duplas “Cosme e Damião”, os agentes de trânsito com as fiscais de Zona Azul, numa parceira que visa certamente multar “quanto mais melhor”.

Nesta semana A COMARCA registrou a atuação de agentes de trânsito e Policiais Militares multando os carros parados na Rua Prof. Ferreira Lima, ao lado do Supermercado Dia. O local que ganhou parada proibida após a transformação daquele trecho da via em mão dupla, mas com a desativação temporária da loja, a parada acabou não sendo fiscalizada, criando o mau hábito. Agora, com a loja reaberta, em vez de orientar os motoristas, que deveria ser a função dos agentes de trânsito, a ordem é multar.

Logo depois, uma viatura da Guarda Municipal aplicava multas nas proximidades da Caixa Econômica Federal, na Rua Padre Roque.

Outra situação que mostra que a filosofia é multar. Um motorista foi acusado de passar num sinal vermelho, às 10h da noite, numa esquina central da cidade. Em cidades civilizadas, os semáforos, à noite, servem para orientar o trânsito e não para penalizar. Ficar parado numa esquina da cidade à noite, por 30 segundos, sem nenhum carro passando, além de absurdo, pode ser perigoso.

O certo seria depois de 20h liberar a passagem nos semáforos, ou deixar o amarelo piscando com sinal de que o cruzamento exige atenção. O mesmo deveria valer para o novo sistema de fiscalização de faixas e sinal vermelho no cruzamento das Avenidas Brasil e 22 de Outubro, no semáforo da Ladeira São Benedito com Avenida Luiz Gonzaga Amoêdo Campos, no Aterrado.


RADAR

A filosofia para a implantação de radares, que deveria melhorar a segurança e educar no trânsito, também parece ser a de multar. A colocação dos radares “fixos-móveis” em cavaletes nas calçadas, reforçam esta impressão, pois estão sempre em lugares estrategicamente colocados, nem sempre visíveis com exige a lei.


Aliás, é bom esclarecer que a lei mudou, e hoje já não exige mais que a existência do radar esteja sinalizada com placas, tipo “fiscalização eletrônica”, apenas que exista placa de regulamentação de velocidade, além de estar visível o equipamento.


A maior reclamação com os novos radares tem sido em relação ao radar na Avenida Adib Chaib, entre as rotatórias do Mirante e do Cubatão, com velocidade máxima estipulada em 30 km por hora, o que é justificado pela existência de uma escola na região. E o motorista tem ficar atento, pois neste local se ultrapassar 46 km/h, ou seja 50% mais que o permitido, a multa é gravíssima e além dos R$ 574,72 o motorista tem a carteira suspensa de um mês a um ano e tem fazer curso de reciclagem.

Fonte: A Comarca

Com gestão mais digital, Receita quer aumentar fiscalização e reduzir sonegação de impostos



A Receita Federal quer tornar a vida dos contribuintes brasileiros mais fácil ao lidar com os impostos e tributos, seja dos consumidores (pessoa física) ou das empresas (pessoa jurídica). Para conseguir reduzir a sonegação de impostos, a ideia é tornar o preenchimento das declarações para os dois tipos de contribuintes mais simples, fácil e digital.

O subsecretário de fiscalização da Receita, Federal Iágaro Jung Martins, explicou que, antigamente, a Receita tratava todos os contribuintes (grandes, médios e pequenos) da mesma forma, mas que, nos últimos anos, o órgão começou a mudar seu modelo de gestão para melhorar a eficiência na fiscalização.

“De 2016 a 2019, a Receita vai dar mais assistência aos contribuintes que querem cumprir as normas e vai reforçar a lei para quem não quer cumprir as obrigações”, disse Martins durante o evento Synergy, realizado pela Thomson Reuters, em São Paulo.

A sonegação de impostos no Brasil, segundo o Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional), já ultrapassou R$ 413 bilhões neste ano — de 1º de janeiro até 28 de outubro.

A Receita acredita que a metodologia do Sonegômetro (do Sinprofaz) está equivocada e que apresenta um número maior do que o real. Apesar de não ter o valor atual da sonegação no País, Martins apresentou os dados de pessoas físicas.

— Recebemos 27 milhões de declarações de Imposto de Renda neste ano. Apenas 1 milhão teve apontamentos na malha [fina].


Fiscalização nos aeroportos

Embora não tenha detalhado, a Receita anunciou recentemente que os passageiros de voos internacionais passarão por maior fiscalização nos aeroportos brasileiros, em breve, para diminuir a sonegação dos turistas em compras no exterior.

Além do nome de cada passageiro de voos internacionais, a Receita receberá das companhias aéreas informações como a profissão, os lugares que a pessoa visitou nos últimos meses e quantas vezes ela saiu do Brasil.

Segundo Martins, no entanto, esse tipo de sonegação não é o mais importante para a Receita.

O subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Ernani Checcucci, nega que a intenção do órgão, com as novas medidas, seja aumentar a arrecadação da Receita.

O objetivo, diz, é acelerar o tratamento para o cidadão comum, para que não tenha nenhum indício de irregularidade.

Fonte: R7

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A partir do ano que vem, trens terão agenda no Porto de Santos



A partir do ano que vem, o Porto de Santos deve adotar um modelo de agendamento para a chegada de trens para carga e descarga de produtos. As regras estão em debate por técnicos do Porto, da SEP (Secretaria Especial de Portos) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), informou a Agência CNT de Notícias. A ideia é dar mais eficiência e melhorar o uso da capacidade dos terminais. Conforme o diretor de Planejamento Estratégico e Controle do Porto de Santos, Luís Cláudio Montenegro, a meta é firmar um acordo com as concessionárias de ferrovias para implementar a medida no próximo ano.

Para a safra de grãos 2013/2014, a autoridade portuária adotou um sistema de agendamento para a chegada de caminhões a fim de reduzir filas, organizar o tráfego dos veículos pesados pelas rodovias e vias da cidade e melhorar a mobilidade na região.

O esquema implementado também deve ser aperfeiçoado para a safra 2014/2015. Segundo Montenegro, os próximos passos consistem em criar um sistema de automação da chegada dos veículos ao Porto de Santos. A proposta é colocar antenas de leitura por radiofrequência e sistemas de placas que permitam o acompanhamento dos caminhões pelo percurso até a chegada aos terminais. Com isso, será possível identificar se o fluxo da carga está de acordo com o previsto, se o veículo chegará no horário programado e, assim, gerenciar de maneira mais eficiente o trânsito dos caminhões e os procedimentos na área portuária.


Agendamento
A exigência de agendamento para as chegadas ao Porto de Santos entrou em vigor em janeiro deste ano. A determinação era que todos os transportadores fizessem o procedimento diretamente com os terminais e estabelecessem o horário de chegada para descarregar a produção. Com isso, foi possível reduzir as extensas filas de caminhões, que, em 2013, chegaram a 50 km. “Quando isso ocorria, a mobilidade da cidade ficava completamente comprometida”, explica o diretor de Planejamento Estratégico do Porto. No pico da safra, a movimentação chega a 13 mil caminhões por dia na cidade no município.

O tempo de espera para a descarga também foi reduzido. O procedimento passou a durar cerca de dez horas a contar da chegada do veículo à região portuária, metade do que ocorria antes. Além disso, na avaliação dos resultados, foi constatada redução no valor do frete. “Normalmente, durante a safra, o custo aumenta. E, neste ano, a elevação foi 7% menor que o normalmente registrado nesse período”.

Conforme Luís Cláudio Montenegro, um dos diagnósticos feitos identificou o mal uso da infraestrutura disponível. “Percebemos que a solução dos problemas não viria só com mais investimento em infraestrutura, mas que, se dobrássemos a produtividade, dobraríamos também a capacidade, só com uma organização sistêmica do processo”, explica. Nos finais de semana, por exemplo, as chegadas eram 30% menores que nos dias úteis. Além disso, que a movimentação concentrava-se em alguns períodos do dia, como no início da manhã, e que havia falta de sincronismo nas chegadas e de informações sobre o fluxo que se aproximava. As soluções adotadas, segundo ele, buscaram aumentar a eficiência do uso da infraestrutura disponível.


Desafios
Segundo Montenegro, entre os novos desafios está o de ampliar a capacidade do Porto de Santos, que é esperada com o arrendamento de nove terminais. Os processos estão em análise, e a projeção é que possam elevar a movimentação de cargas em até 40%.

No que diz respeito à mobilidade na cidade de Santos, o trabalho deve se concentrar, agora, em organizar o estacionamento de caminhões que, após descarregarem no Porto, aguardam um frete de retorno. “Esse é um grande desafio para se desenvolver. O caminhão tem que aguardar em um local adequado, e a carga de retorno também tem que estar programada”, defende Montenegro. A estimativa é que sejam realizados cerca de 800 carregamentos por dia com carga de retorno.

Fonte: Diário do Litoral

Reação das cotações do milho está sendo ensaiada e vem em boa hora



O milho que poderia encalhar e encavalar sobre a safrinha 2015, em Mato Grosso, passou nesse mês a ser mais procurado do que o produtor poderia esperar para o período em que a soja, em pleno plantio, ganha todos os holofotes. Desde que o atraso no cultivo da oleaginosa por falta de chuvas apontou para reduções de área na safrinha, por conta da perda da janela de plantio ao cereal, e com as chuvas que retardam a colheita nos Estados Unidos, o mercado voltou a demandar pelo cereal e aos poucos a cotação vai ganhando preço e há quem aposte em um valor de até R$ 20 antes da virada do ano depois de chegar a menos de R$ 9, em algumas praças.

O que era excesso poderá ser a única fonte de matéria-prima para atravessar a entressafra do cereal e quem sabe, ainda socorrer o mercado a partir do próximo ano. A corrida pelo milho, conforme o setor produtivo, pode estar apenas começando.

Em apenas uma semana, a variação da cotação no mercado interno aumentou em 4,88%, ao passar de R$ 12,82 – cotação média da semana retrasada - para R$ 13,45, média da semana passada no Estado. Em igual momento de outubro de 2013, a saca estava em R$ 10,22, números do Indicador do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Restam da safra 2013/14, recém-colhida no Estado, pouco mais de 5 milhões de toneladas das mais de 17,71 milhões produzidas. Antes da virada do mês, o volume negociado representava 70% da colheita. E foi justamente de setembro para outubro que as vendas tiveram o maior ritmo desde março desde ano. Nesse intervalo a comercialização caminhou quase 20 pontos percentuais sobre o período anterior (agosto/setembro), que tinha sido até então o momento de maior demanda pelo grão. O cereal que registrava atraso nas vendas em relação ao ano passado agora abre vantagem de 6 pontos percentuais na comparação anual.

O Imea cita variáveis que têm beneficiado o produtor que optou por segurar a produção da última safrinha. Na terceira semana de outubro, como apontam os analistas do Instituto, a relação entre o preço do frete do milho e o preço da saca do cereal em Mato Grosso apresentou o menor patamar desde o início desta safra, em julho. Analisando essa relação com a mesma semana de 2013, vê-se que neste ano as condições estão um pouco melhores. “Dois fatores colaboram para este fato, o primeiro são os preços do frete a patamares reduzidos para esta época do ano, R$ 220 tonelada (Sorriso a Santos), e a segunda são as recuperações observadas na cotação do milho em Mato Grosso, que hoje vale R$ 2,65/sc a mais do que o apresentado em outubro de 2013. A variável frete, sofre efeitos de um processo mais ágil nos portos, a utilização de silos bolsas e a elevação e modernização da frota de caminhões no Estado. Já a variável preço, vem se recuperando aos poucos, mesmo com preços baixos no mercado internacional. Assim, possibilitam melhores oportunidades para os produtores mato-grossenses”.

PREÇO - Como destaca produtor de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) e ex-presidente do Sindicato Rural local, Antônio Galvan, diante do atraso no cultivo da soja, que já deveria cobrir mais de 50% da área estimada, é muito provável que haja impactos na realização da safrinha, para a qual o milho, é a cultura mais utilizada no Estado. “É certa uma perda de até 50% na produção final do milho segunda safra justamente pela falta de janela. Depois de 20 de fevereiro o risco climático ao milho passa a ser muito grande e quem plantar para além da data não vai saber o que vai colher”. Em Mato Grosso, cerca de 35% da área de soja, após a colheita do grão, volta a ser semeada com milho, por isso, atrasos no plantio da primeira safra podem interferir no resultado da próxima.

Como explica, a soja que tiver sido plantada depois de 20 de outubro estará em ponto de colheita a partir de 20 de fevereiro, justamente quando o melhor momento de plantio do milho, a chamada janela ideal, se fecha ao cereal. “Acredito que o mercado está visualizando essa possibilidade de escassez na oferta que se torna cada vez mais real na medida em que o plantio de soja não avança como deveria. Os preços internos do milho estão reagindo, de forma lenta, mas estão e não duvido que antes da virada do ano haja saca a R$ 20”. E completa: “Hoje é o atraso no plantio da soja que impacta na projeção da safrinha pela falta de chuvas. Há dois anos seguidos, de meados de janeiro a meados de fevereiro, são as chuvas intensas e incessantes é que atrapalham e atrasam a colheita, o que por sua vez, pode impactar negativamente, também, sobre a formação da segunda safra. Neste momento, o quanto plantar de milho o que será colhido são duas grandes incógnitas no Estado”.

Na última semana os preços pagos em praças importantes como Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Lucas do Rio Verde e Sinop tiveram variação positiva, com máxima de R$ 16,70 em Campo Verde.

Fonte: Agrolink

Anhanguera aplica 26,6 mil multas no 1º semestre e lidera ranking da região



A Rodovia Anhanguera (SP 330) é a que mais registrou infrações de motoristas no primeiro semestre deste ano. De acordo com a Polícia Rodoviária, 26.641 multas foram aplicadas na via, o que corresponde a 46,7% das 57.032 autuações emitidas nas cinco principais rodovias da região de Campinas (SP) no período. O número total equivale a uma média de 317 multas por dia, 13 a cada hora contra motoristas que desrespeitam o Código de Trânsito Brasileiro. Os usuários das estradas se dizem acostumados a transitar entre as imprudências e parte delas acaba sendo flagrada pelas câmeras das concessionárias.

Na Rodovia Dom Pedro I (SP 065), um caminhão foi gravado pelo monitoramento passando da pista principal para a marginal pelo canteiro central. As imagens registradas pela Rota das Bandeiras mostram que o motorista, além de não aguardar o próximo acesso à faixa pretendida, comete a infração com uma certa tranquilidade. A estrada registrou 3.960 multas nos primeiros seis meses deste ano.

Em outro trecho, um motorista que trafega por uma pista na marginal passa o acesso que queria pegar e decide voltar de ré no meio rodovia enquanto é ultrapassado por outros veículos. Após a imprudência, ele ainda passa com o carro na faixa zebrada. A pressa é uma das culpadas pelas infrações cometidas, como no caso do empresário Eli de Souza, que já foi surpreendido em alta velocidade por radares.

As demais rodovias pesquisadas foram Bandeirantes (SP 348), que aparece em segundo lugar no ranking com 16.649 autuações; Santos Dumont (SP 075), com 5.659 notificações emitidas aos motoristas; e a Jornalista Francisco Aguirra Proença, mais conhecida como Campinas-Monte Mor (SP 101),  teve 4.123 multas.

"Não obedecem a sinalização, não respeitam os limites de velocidade. Você está com uma arma na mão, então essa pessoa precisa ter consciência das suas responsabilidades", afirma a pedagoga Maria do Socorro, que convive com o risco de transitar nas estradas.

Fonte: G1

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mercado aposta em reajuste de 20% no preço de combustíveis



O mercado já se prepara para um reajuste nos preços dos combustíveis. Alguns analistas de mercado ouvidos pelo Bem Paraná chegam a arriscar e preveem um aumento entre 15% e 20%.  A medida é defendida como necessária para que a Petrobras recupere a capacidade de investimento, comprometida devido aos prejuízos bilionários resultado da desfasagem dos preços internacionais do petróleo e da desvalorização do real.

“Independente de quem ganhe, não acredito que esta medida seja postergada. O governo atual não vai querer deixar a maior companhia brasileira com o maior prejuízo de sua história e, ganhado, não poderá empurrar ainda mais o realinhamento de preços”, argumenta o economista da Faculdades Estácio de Curitiba, Daniel Poit, ouvido pela reportagem na semana passada.

Já o economista Gilmar Mendes, da FaeBussines School, é mais cauteloso. “O aumento de preços neste ano, ainda que necessário, só virá se o atual governo vencer. Do contrário, o reajuste deve ficar para o próximo governo que assume em janeiro”, afirma. Questionado sobre o patamar de reajuste, Mendes diz que prefere não arriscar uma vez que “essa é uma conta política”.

A reticência em apontar um patamar está embasada na queda de preço do petróleo no mercado internacional. No exterior, os preços do petróleo têm caído nas últimas semanas diante do fraco crescimento da economia global. O preço do petróleo tipo Brent já acumula perdas de cerca de 25% desde o pico do ano registrado em junho.

“Havia defasagem (em relação aos preços no exterior), agora não há defasagem. Agora é em benefício da Petrobras. O preço da gasolina está mais alto, então a Petrobras está ganhando com isso. Mas isso não significa que não haverá aumento, é uma decisão da empresa”, afirmou o ministro Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da estatal.

No último dia 15, o Credit Suisse divulgou um relatório que revelou que o preço da gasolina no mercado internacional está, em média, 1% mais baixo em outubro do que os valores no mercado brasileiro. Em 25 de setembro, os preços internacionais da gasolina estavam 24,3% acima dos preços no mercado doméstico.

Demanda — O aumento nos preços dos combustíveis no final do ano já é um movimento tradicional do mercado.

Fonte: BemParaná

Lei 12.741/12 terá fiscalização meramente orientadora até 31 de dezembro



Empresas de qualquer porte que não informarem a carga tributária na nota fiscal podem ser multadas durante fiscalização do órgão de (Proteção e Defesa do Consumidor).

De acordo com a Lei n° 12.741/12 - mais conhecida como Lei da Transparência Fiscal -, os impostos embutidos nos preços de produtos e serviços adquiridos devem estar discriminados na nota ou no cupom fiscal.

Fique atento, pois a Lei terá fiscalização meramente orientadora até 31 de dezembro de 2014. Após esta data, empresas poderão sofrer penalidades, como multas, interdição; e intervenção administrativa.

Fonte: Imprensa SETCESP

Prazo para transferir créditos da Nota Fiscal Paulista para o IPVA termina dia 31



Termina na sexta-feira, 31, o prazo para os contirbuintes transferirem os créditos da Nota Fiscal Paulista para o pagamento do IPVA 2015. Para isto, é necessário indicar esta opção no site do programa. O veículo deve estar em nome do usuário cadastrado no programa para que a opção seja válida.

O consumidor tem ainda a opção de solicitar depósito em conta do valor acumulado. Neste caso, o crédito liberado fica disponível por cinco anos. A conta deve estar no nome do consumidor cadastrado no programa.

Fonte: Portal do Governo do Estado de SP