terça-feira, 12 de junho de 2012

Carga de R$ 589 mil roubada no Agreste


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pernambuco recuperou, na madrugada de ontem, uma carga de tecidos roubada, avaliada em R$ 589 mil. A apreensão foi feita por policiais do posto da PRF de Gravatá, na BR-232, no Agreste. A carga pertencia à Fábrica Vicunha Têxtil, do Rio Grande do Norte, e foi roubada na madrugada de sábado, nas proximidades do município potiguar de Currais Novos, a 172 quilômetros de Natal. Os assaltantes abordaram o motorista e levaram o caminhão e os tecidos.

A PRF acredita que a investida tenha sido mais uma ação de uma quadrilha especializada em roubo de cargas e acostumada a atuar nas estradas do Nordeste. Isso porque um caminhão e um Fiat Uno ocupados por quatro homens estariam aguardando o veículo com os tecidos roubados na cidade de Pombos, no Agreste. Como o caminhão não chegou, o grupo teria fugido.

O condutor do veículo, identificado como José Roberto da Silva, 52 anos, foi preso e autuado por receptação de produto roubado e adulteração de identificação de veículo. Ele, o caminhão e a carga foram encaminhados à Delegacia de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. Pelas informações repassadas pelo motorista à PRF, a carga seria levada para Caruaru, no Agreste, para ser vendida, provavelmente, nas feiras da sulanca do município e da região, conhecida pelo comércio de roupas populares.

Depois de serem informados do roubo, os policiais rodoviários federais em Gravatá desconfiaram do caminhão Volvo, placa CVP-5090, de Carapicuíba (SP), e decidiram abordá-lo. O cavalo (caminhão propriamente dito) estava com documentos em dia. Mas o baú tinha placa de outro veículo: DAU-6284, de São José do Rio Preto, também em São Paulo. Ao abri-lo, os agentes descobriram os tecidos roubados. A quantidade de tecidos não foi informada, mas a carga ocupava todo o compartimento.

Ao delegado Rodolfo Bacelar, de plantão em Vitória, o motorista preso negou qualquer envolvimento com o roubo. Aos PRFs, afirmou apenas ter recebido R$ 1 mil para transportar a carga de Mamanguape, na Paraíba, para Caruaru. “A conversa do motorista não me convenceu. Embora garanta não ter participado do assalto, ele não soube informar de quem recebeu a carga nem para quem iria entregá-la. É estranho a pessoa transportar uma carga sem essas informações. Além disso, ele estava transportando um baú cuja placa não batia com o chassi do veículo”, explicou.

À tarde, o motorista assaltado em Currais Novos, Walderi do Nascimento Aguiar, 52, não reconheceu José Roberto como um dos participantes do assalto, mas confirmou que a carga roubada era a mesma. Como já havia respondido a processo por assalto e foi preso por furto e porte de arma ilegal, José Roberto acabou sendo levado ao presídio de Vitória.

Até a noite de ontem, o caminhão (cavalo) roubado continuava desaparecido.

Fonte: Jornal do Commercio – PE