sexta-feira, 15 de março de 2013

Codesp ampliará controle sobre caminhões no complexo santista


A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável por administrar o Porto de Santos, informou, a representantes de terminais portuários da Margem Esquerda (Guarujá), que irá aprimorar o controle e o monitoramento da chegada de caminhões ao complexo santista. O anúncio ocorreu na quarta-feira (13), durante a primeira reunião entre a Autoridade Portuária e executivos das empresas após o início dos congestionamentos no sistema viário na região, motivados, entre outros fatores, pelo escoamento da safra de grãos.

Participaram da reunião representantes do Terminal Marítimo Sucocítrico Cutrale, do Terminal Exportador (Teg), do Terminal Exportador de Açúcar de Guarujá (Teag) e do Terminal Marítimo de Guarujá (Termag), além de diretores da estatal. No encontro, os agentes das empresas – que trabalham com caminhões graneleiros – afirmaram que estão com o recebimento das cargas atualmente “sob controle”.

Apesar disso, no fim da tarde de ontem, a Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes e da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, principais vias de acesso ao Porto, registrou pico de 17 quilômetros de congestionamento. Por isso, a Codesp solicitou, ainda, o “engajamento” dos terminais na organização do trânsito no entorno do complexo portuário.

Veracidade

Na reunião, diretores da Docas ressaltaram a “discrepância” entre as quantidades de veículos previstos para descarregar nos terminais e as operações realizadas. “Exemplo do Teg, com 110 (veículos) previstos num dia, porém 318 realizados”, destacou a companhia na ata da sessão. A Autoridade Portuária também citou a falta de dados do TGG e da Cutrale, cobrando solução e a regularização das informações.

Até então, o Rodopark e o Ecopátio, os únicos bolsões de estacionamento da região para caminhões com destino ao Porto, eram as fontes de informação da Codesp sobre a quantidade de veículos que seguiam para o cais. Na reunião, também foi afirmado que, diferente do previsto, a maioria das vagas nesses pátios é preenchida por veículos com contêineres vazios.

Diante dessa situação, e como adiantado por A Tribuna no último sábado, a estatal informou que vai controlar a chegada desses veículos por um sistema de reconhecimento de caracteres (OCR) implementado há dois anos - mas sem funcionamento pleno até então. Além disso, ela verificará a veracidade dos agendamentos de carga e descarga e acompanhará, por meio das câmeras do sistema de segurança do Porto (do ISPS Code) na Rua do Adubo, a identificação desses veículos.

Justificativa

Ao término da sessão, foi concluído que os últimos congestionamentos na região foram reflexo de problemas envolvendo a Santos Brasil (instabilidade de seu sistema), dos protestos de caminhoneiros que pararam o Tecon e das composições ferroviárias que não obedeciam ao tempo de espera mínimo (para liberar o fluxo de caminhões). Foram considerados, também, a demanda da safra.

Fonte.: A Tribuna