segunda-feira, 25 de junho de 2012

Greve emperra transporte de cargas


Em quatro dias de greve dos auditores fiscais da Receita Federal, cerca de mil cargas de importação e exportação deixaram de ser liberadas pela Estação Aduaneira Interior (Eadi), em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Com a operação-padrão e o aperto na fiscalização no porto seco, o número de despachos diários não tem passado de 250, menos da metade da média registrada em condições normais. A mobilização nacional por reajustes salarial de 30,18%, iniciada na segunda-feira, não tem previsão para ser encerrada.

Apenas as cargas perecíveis, as perigosas e as dirigidas ao canal verde estão obedecendo aos prazos normais de liberação de até 12 horas. Para as demais, o pente fino elevou a espera para 72 horas. No final da tarde de ontem, o pátio da Eadi estava lotado com 845 caminhões – 100 a mais que a capacidade total – carregados com veículos, máquinas, adubos, alimentos e grãos vindos ou com destino ao Paraguai, Chile e Argentina. Outros cerca de 260 aguardavam do lado de fora parados na BR-277, em postos de combustíveis ou nas transportadoras.

De acordo com o diretor de comércio exterior da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), Mário Camargo, antecipando-se à paralisação muitas transportadoras que atuam na fronteira deixaram de carregar os caminhões para evitar prejuízos. “Diferente dos despachantes, que deixam de ganhar, os transportadores têm que pagar os custos dos caminhões parados”, comentou adiantando que as perdas só deverão ser calculadas no fim da greve.

Fonte: Gazeta do Povo – PR