As obras de terraplanagem para a construção da nova rodovia de acesso à ponte sobre o rio Paraná já foram iniciadas pelo lado do estado de São Paulo. Segundo o engenheiro, Norberto Arfora, da empreiteira A. Gaspar, responsável pela obra, os serviços começaram do outro lado em razão de já haver um local definido para a retirada das jazidas de areia. Do lado de Três Lagoas, ainda não houve uma definição do local de onde será retirado esse material. Do outro lado, a via de acesso à ponte terá início a partir da rotatória da rodovia Marechal Rondon (SP 300).
Por Três Lagoas, a nova rodovia deve começar na rotatória próxima à antiga delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR 262. A ponte sobre o rio Paraná terá 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos. O empreendimento vai absorver o trânsito hoje existente sobre a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), com duas faixas de tráfego com 3,6 metros de largura cada uma, além de acostamento de 2,5 metros de largura e passagem para pedestres.
As obras foram iniciadas há sete meses. De acordo com o engenheiro, a empresa trabalha para que os serviços sejam realizados conforme o cronograma previsto.
Além da rodovia de acesso, a empreiteira executa obras de fundação. Cinco blocos e quatro pilares, dos 17 que devem ser construídos, já foram erguidos.
Norberto informou que a empresa tem encontrado dificuldades para contratar pessoas qualificadas para trabalhar na obra. Atualmente, 70 operários (70% de outras cidades e 30% de Três Lagoas) trabalham no local. A previsão é de que dentro de, no máximo, 40 dias, dobre o número de funcionários contratados. O processo de perfuração da rocha também foi considerado um dos mais complicados, mas o trabalho está sendo realizado.
O prazo para a conclusão da obra é de 36 meses, mas a empreiteira pretende entregá-la antes do cronograma previsto. A ponte que interligará os municípios de Três Lagoas a Castilho/ SP foi orçada em R$ 113 milhões. Essa é uma obra esperada há mais de 30 anos. O anseio e a reivindicação aumentaram nos últimos anos em razão do aumento do número de veículos que tem trafegado sobre a barragem de Jupiá, que futuramente poderia ficar comprometida devido ao fluxo, sobretudo, de caminhões pelo local.
Fonte: Jornal do Povo de Três Lagoas
