segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eventual reajuste de combustível não será motivado pelo câmbio, diz Mantega


Um eventual reajuste dos combustíveis não será motivado pela forte alta do dólar nos últimos meses, disse a última quinta-feira, dia 29, de agosto o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele evitou confirmar se a gasolina e o diesel nas refinarias vão subir de preço antes do fim do ano, mas disse que a cotação da moeda norte-americana não provocará o aumento.

“Existe um critério que a Petrobras segue. Os reajustes não se dão imediatamente depois que muda o preço do combustível internacional. A empresa segue uma política normal de reajustes periódicos adequados”, disse o ministro.

Apesar de confirmar que os reajustes são periódicos, o ministro não estipulou data para um novo aumento. “Não estou anunciando que vai ter ou não ter [o reajuste dos combustíveis]. Todo ano tem reajustes, até mais de uma vez por ano, mas até agora nada está definido. O que quis dizer é que um eventual aumento não terá nada a ver com a flutuação muito brusca do câmbio”, explicou.

Neste ano, os combustíveis que chegam às refinarias sofreram dois reajustes. Em janeiro, a gasolina aumentou 6,6%; e o diesel, 4,4%.Em março, a Petrobras elevou o preço do diesel em mais 5%. Nas bombas, o preço é livre.

Apesar das alegações do ministro de que existe uma defasagem nos reajustes dos combustíveis, a alta do dólar pressiona as contas da Petrobras, que precisa importar gasolina e óleo diesel para cobrir a demanda doméstica e compensar a falta de refinarias no país. No início do mês, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que a estatal pediu ao governo um aumento de até 15% nos preços dos combustíveis.


Fonte: Jornal do Brasil
Dia 30 de agosto de 2013