quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Viaduto atingido por incêndio em SP é interditado por tempo indeterminado


O viaduto Orlando Murgel, que liga as avenidas Rio Branco e Rudge, na região central da capital paulista, atingido pelo incêndio que destruiu 80 barracos e deixou um morto da Favela do Moinho nesta segunda-feira, foi interditado por tempo indeterminado pela Prefeitura de São Paulo.

Técnicos da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) realizaram uma vistoria preliminar dos danos causados pelo incêndio e foi constatada a necessidade de manter o local interditado até que seja feita uma avaliação técnica mais detalhada.

De acordo com a Siurb, a avaliação inicial verificou que houve desplacamento, que é a deslocação e queda de placas de concreto, e desagregação do concreto estrutural, que podem comprometer a estabilidade do viaduto. Ainda será analisado quais cargas móveis (autos, caminhões, ônibus) são suportadas pelo viaduto.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por contra da interdição do viaduto, também ficam interditadas a avenida Rudge, no sentido bairro/centro, por toda extensão; e a avenida Rio Branco, sentido centro/bairro, entre a alameda Glete e viaduto Orlando Murgel e o Vvaduto Orlando Murgel em ambos os sentidos. Os motoristas que utilizam a avenida Rio Branco, no sentido centro, deverão seguir pelas ruas Norma, Pieruccini Giannotti e Sérgio Tomás. No sentido bairro, deverão utilizar a avenida Duque de Caxias.

Dois incêndios em um ano

Moradores da Favela do Moinho, na região central da capital paulista, enfrentaram na manhã desta segunda-feira o segundo incêndio em menos de um ano na comunidade. No acidente de hoje, uma morte foi registrada e mais 300 pessoas perderam suas casas, segundo cadastro da assistência social do município. Esse é o 33º incêndio de grandes proporções em favelas paulistanas este ano.

Um homem foi preso acusado de ter começado o incêndio. Fibelis Melo de Jesus, conhecido como Eliete, vivia uma união homoafetiva com Damião Melo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os dois se desentenderam e Jesus decidiu colocar fogo no próprio barraco, dando início ao incêndio na comunidade. O corpo de Damião foi encontrado carbonizado no local.

As famílias dos 80 barracos atingidos foram cadastradas pelos agentes da Secretaria de Habitação e da Subprefeitura da Sé para receber auxílio-aluguel, a ser pago até o atendimento definitivo em unidade habitacional. Os agentes da Secretaria de Assistência Social distribuíram 277 colchões, 277 cobertores, 94 cestas básicas e 94 kits de higiene.

Fonte: O Dia