segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fortaleza (CE) promete nova restrição para caminhões

A cidade não para um minuto sequer. São máquinas e homens trabalhando pesado na construção civil 24 horas por dia. Erguendo novos prédios, grandes túneis, alargando avenidas, encaminhando obras que se espalham por Fortaleza às vésperas da chegada da Copa do Mundo de 2014. Nesse ritmo, a Capital vive um intenso vai-e-vem de caminhões, carretas e betoneiras, todas carregadas para abastecer a indústria da construção que vive seu momento auge. Quem sofre com tudo isso? O já congestionado e saturado trânsito.

O distribuidor de bebidas, Carlos Matos, 41, diz não aguentar mais o trânsito de Fortaleza. Circulando pela cidade, ele comenta que os caminhões têm tomado conta das avenidas. "Como há muitas obras, construção de prédios na Aldeota e no Cocó, grandes empreendimentos na Washington Soares, é muita demanda de trabalho. Toda hora circulam betoneiras bem cheias de matérias de construção", diz.
Desafios

Percebendo os problemas que esses "indesejáveis" veículos de tração causam nas principais vias da cidade, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), após estudos sobre os fluxos, promete, para breve, a criação de nova restrição de caminhões no trecho de 8,5 quilômetros entre a BR-116 - esquina com Rua Cinderela- , seguindo pela Raul Barbosa, tomando toda a Via Expressa até convergir com a Avenida Abolição, no Mucuripe.
Nesse disputado espaço, circulam, conforme o Diário do Nordeste já anunciou no último dia 2, aproximadamente 269 veículos pesados no intervalo de apenas duas horas, entre 17h e 19h. É justamente nessas grandes vias que se observa os intensos congestionamentos e a disputa de carros particulares, com ônibus, diversas "cegonhas" e betoneiras roubando espaço.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Logística do Ceará (Setcarce), Clóvis Nogueira, torce para que essa restrição saia logo do papel. Já é uma demanda, segundo ele, muita antiga e necessária, há mais de cinco anos está "emperrada" nas gavetas da burocracia.
Ainda no segundo semestre de 2011, por exemplo, a Prefeitura de Fortaleza chegou a confirmar, em matéria publicada no Diário do Nordeste no dia 16 de setembro, que a proibição na Raul Barbosa começaria nas semanas seguintes. Passaram seis meses e a gestão municipal, conforme o sindicato, continua a postergar as novas medidas, colocando "panos quentes".

Fonte: Diário do Nordeste/CE