terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Reajuste do diesel eleva em 6% custo do frete em MS




Depois do susto com o preço do combustível nas bombas, o consumidor já pode se preparar para mais um rombo no orçamento: a alta de 8% no diesel deve aumentar em até 6% o valor do frete saindo de Mato Grosso do Sul, estima o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas (Sindicargas-MS), conforme matéria no jornal Correio do Estado.

A consequência será o aumento no preço da maioria dos produtos que estão na mesa das famílias e são importados pelas rodovias do País. “Um aumento de 8% é um absurdo, ainda mais em um país extremante rodoviário. Com certeza vai repercutir na mesa do consumidor, não podemos ficar com o prejuízo, temos que repassar”, afirma o relações públicas do Sindicargas, Roberto Sinai. Ele explica que o diesel corresponde a 60% do custo do frete e, com o reajuste, o valor cobrado para o transporte de grãos, por exemplo, até São Paulo, passará de R$ 150 para R$ 160 por tonelada – variação de 6%.

O aumento, porém, deve ser gradativo e afetar os preços dos produtos para o consumidor só no próximo ano. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas do Estado de Mato Grosso do Sul (Setcems), Cláudio Cavol, estima que o impacto imediato do reajuste no combustível deve ser de 2,7% para o frete. Mas concorda em que, durante os próximos meses, o percentual aumente, como reflexo também das altas nos produtos derivados do petróleo.

“Esse aumento reflete em uma cadeia. Tudo que é derivado do petróleo (pneu), ou seja, tudo que compõe a cadeia de insumos acaba sofrendo aumento. E isso, é evidente, passa para o frete”, diz. A previsão é de que os principais efeitos sejam sentidos na colheita da próxima safra. Sinai reclama que a alta no diesel veio no pior momento para o setor de transporte. “É inaceitável num período de baixo frete, na entressafra, com décimo terceiro e impostos para pagar. Fomos pegos de surpresa pelo Governo”.


Fonte.: Correio do Estado