sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Ministério Público é acionado para solucionar excesso de caminhões


O excesso de caminhões, que desde o último domingo causa congestionamentos nos acessos a Santos, segundo a Prefeitura, voltou a ser ocasionado por um único terminal da Margem Direita. Por isso, na tarde desta quarta-feira, autoridades foram convocadas para uma reunião no Ministério Público, que investigará e punirá os culpados pelos transtornos nas ruas, estradas e no maior Porto da América Latina.

"Não gostamos de apontar culpados, mas o T-Grão, novamente, não cumpre com as normas", disse o Secretário de Assuntos Portuários de Santos (Seport), José Eduardo Lopez. Segundo ele, na madrugada e na manhã desta quarta-feira foram registrados os piores momentos do congestionamento, que tomou, mais uma vez, a Cidade, desde o último fim de semana.

O chefe da pasta afirmou o terminal, localizado nas proximidades do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, "foi e está sendo punido". Serão aplicadas multas, segundo a Prefeitura, por cada caminhão que forma fila nas ruas e ao próprio terminal "por não controlar" o agendamento de entrada e saída das cargas. Os valores ainda não foram divulgados.

"Conseguimos que o Ministério Público entrasse na discussão. Por isso, vamos nos reunir hoje para que possam ser pontuadas, de fato, as causas e/ou causador", explica o secretário. Estarão representantes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), do terminal e da Prefeitura. Os trabalhos serão mediados pelo promotor de Meio Ambiente Daury de Paula Júnior.

Ainda de acordo com o José Eduardo Lopez, desde as primeiras horas desta quarta-feira, equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos e agentes da própria Seport trabalham com o intuito de liberar as vias da Cidade. "Temos que encontrar um lugar para deixar esses caminhões. Eles não podem mais ficar na rua e o terminal precisa se adequar".

Por meio de nota, divulgada pela assessoria de imprensa, o T-Grão Cargo informa que o terminal fechou contrato com quatro clientes e opera com 70% de sua capacidade, e que as quotas de clientes autorizadas pelo T-Grão representam 60% de sua capacidade de recebimento de caminhões. "Quando os clientes extrapolam esses volumes, e eles devem ter seus motivos, não temos meios legais nem práticos para interferir", pontua.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) também foi procurada por A Tribuna On-line, mas até o momento não se pronunciou sobre o assunto.

Fonte.: A Tribuna On-line