quarta-feira, 15 de maio de 2013

Trecho da Avenida Perimetral será aberto ao tráfego


Os primeiros 500 metros da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto, em Guarujá, serão abertos ao tráfego de veículos nesta quarta-feira (15). Mas, diferentemente do estipulado em seu projeto, ela, de forma provisória, receberá os trânsitos urbano e portuário. Isso em razão das obras de reurbanização da Avenida Santos Dumont, que devem começar na mesma data.

A informação é da diretora de Trânsito da cidade, Quetelin Scalioni. Ela explica que os trabalhos na Santos Dumont serão realizados em etapas, para não tornar ainda mais caótico o fluxo de veículos naquela região. 

“Está no contrato da empresa (responsável pela obra) que ela deverá reordenar a Avenida Santos Dumont”, comenta. Com a reforma, a via terá quatro faixas, divididas por um canteiro central.

O trecho da avenida que será reurbanizado nessa primeira etapa fica entre o Sítio Conceiçãozinha e a Rua Idalino Pinês (Rua do Adubo, principal acesso de veículos de carga à Santos Dumont). “Todo o tráfego daquela região passará a ocupar a nova via da Perimetral”, explica a diretora. Essa intervenção ocorrerá até a entrega da obra completa da avenida portuária, prevista para meados de julho.

Quando as obras forem concluídas, as avenidas Santos Dumont e Perimetral terão o tráfego redistribuído, retomando o que estipula seus projetos originais. A primeira, com quatro faixas, receberá apenas o trânsito urbano. Haverá duas faixas para os veículos que seguem em direção à orla de Guarujá e duas para os que vão ao centro de Vicente de Carvalho.

A Perimetral será utilizada pelo tráfego portuário. Suas cinco faixas serão interligadas ao viaduto da Margem Esquerda do Porto, entregue há uma semana.

A reurbanização da Santos Dumont é uma das obras previstas no projeto da Avenida Perimetral da Margem Esquerda, coordenado pela Codesp e custeado pelo Governo Federal através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Balanço

A abertura do novo viaduto da Margem Esquerda ao tráfego completa hoje uma semana. O elevado conseguiu eliminar por completo o conflito rodoferroviário naquele trecho do Porto de Santos, facilitando o acesso aos terminais. As reclamações, agora, concentram-se no cruzamento da Rua Idalino Pinês (Rua do Adubo) com a Avenida Santos Dumont, onde são represados o tráfego urbano e o de caminhões. “Parte do problema foi solucionado”, comentou a diretora de trânsito da Prefeitura de Guarujá, Quetelin Scalion.

Segundo ela, com a entrega do viaduto, o tempo de sinal verde no cruzamento das vias foi reajustado para dois minutos – período que pode ser dobrado se houver grandes filas em direção aos terminais. Sobre os resultados da medida e o impacto da obra, ela prefere aguardar. “A semana foi tranquila, com média de 3 mil caminhões por dia, então é complicado fazermos um balanço real”, explica. A média normal é de 5 mil caminhões diários.

Usuários

O caminhoneiro Elder Miranda conseguiu entrar no terminal portuário a que se destinava no mesmo dia em que chegou a Guarujá. O fato surpreendeu o motorista, que, desde o início do ano, transporta soja do Mato Grosso do Sul até a Cidade. Ele estava “acostumado”, devido aos congestionamentos dos últimos meses, a levar mais de um dia para percorrer o trajeto entre os limites do município e a instalação marítima. 
“Já fiquei mais de 36 horas na espera. Dessa vez, não passou de 4 horas. Mas quero ver isso ser mantido”, disse.

Logo depois de descarregar seu contêiner, o caminhoneiro Cláudio dos Santos disse que o viaduto facilitou bastante o acesso aos terminais. “Mas a saída tornou-se o problema. Esperamos demais para poder passar pela Avenida Santos Dumont”.

Terminais

Entre as empresas, algumas já identificam reflexos do novo viaduto no trânsito local. “O maior problema agora é a Rua do Adubo, pois qualquer fato que aconteça por lá prejudica o resultado final”, comentou o gerente da Localfrio, Luiz Ortiz.

Opinião semelhante tem a Santos Brasil, administradora do Terminal de Contêineres (Tecon) de Santos. “Detectamos que, agora, há uma distribuição maior de caminhões nos gates (portões) de acesso à instalação”, disse o diretor superintendente, Luiz Felipe Golvêa.

Os executivos da Cargill, administradora do complexo que abrange o Terminal Exportador de Açúcar do Guarujá (Teag) e o Terminal Exportador do Guarujá (TEG), disseram que é cedo para avaliações. Os representantes da Bunge, responsável pelo Terminal de Granéis de Guarujá (TGG) e pelo Terminal Marítimo de Guarujá (Termag), também preferiram não se pronunciar.

A Codesp reafirma a posição de que, ao dia, foram conquistadas as cinco horas que, até então, eram perdidas com a passagem dos trens.

 Fonte: A Tribuna