terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Obras de terminal em Itaqui devem começar até maio


A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) confirmou os vencedores da licitação para os três lotes remanescentes para a construção e administração do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no porto de Itaqui, em São Luís.

Glencore, CGG Trading e Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC) e a Amaggi Exportação) vão se juntar à NovaAgri, que arrematou o primeiro lote do projeto.
Juntas, as empresas ofereceram R$ 143,1 milhões pelo direito de explorar o terminal por um período de 25 anos, renováveis por mais 25. A NovaAgri deu o maior lance, R$ 62 milhões, acompanhada de longe pela suíça Glencore, com uma oferta de R$ 35,4 milhões. A CGG Trading S.A (braço da Cantagalo General Grains, controlada pelo grupo têxtil Coteminas) pagou R$ 25,5 milhões e o Consórcio Crescimento, R$ 20,2 milhões. Cada uma deverá pagar uma parcela fixa e mensal de R$ 1,60 por metro quadrado utilizado e mais R$ 2,03 por tonelada movimentada em cada operação de carregamento.

A previsão é que as companhias invistam R$ 322 milhões em conjunto na construção da infraestrutura necessária para escoar até 10 milhões de toneladas de grãos. A meta é começar a operar no fim de 2013, com 50% da capacidade total e um investimento mínimo de R$ 262 milhões.

Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap, diz que o contrato com as empresas vencedoras será assinado dentro de 30 dias. A partir de então, elas terão até três meses para concluir o projeto e submetê-lo à aprovação da Emap. "O objetivo é que as obras comecem entre abril e maio", afirma.
O Tegram é considerado estratégico para o escoamento da produção de grãos dos Estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que hoje enfrenta uma longa - e custosa - viagem até os portos do Sul e Sudeste.

Quando estiver funcionando com plena capacidade, calcula Fossati, o Tegram poderá escoar até 11% da produção agrícola do país. Sua licitação foi alvo de ações na Justiça por parte de Cosan, Bunge e Cargill, que questionaram a viabilidade financeira do empreendimento - destas, apenas a Cargill mantém a ação.

O Porto de Itaqui movimenta cerca de 12,5 milhões de toneladas de cargas por ano, com grande participação de derivados de petróleo e metais. Os planos de crescimento são ambiciosos. Segundo Fossati, os projetos em andamento visam a elevar esse número a 80 milhões de toneladas em 2020.

Fonte: Grandes Construções