quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ANP muda resolução e diesel menos poluente será oferecido em mais 700 cidades


Enquanto a venda de caminhões no Brasil cresce ao ritmo chinês para que empresas e motoristas consigam fugir do aumento de preços esperado com a entrada em vigor da norma Proconve 7/ Euro 5, a ANP alterou uma de suas decisões esta semana e incluiu mais 700 municípios na norma que troca o óleo diesel S-1800 (com 1800 ppm de enxofre) para o óleo diesel S-500 (com 500 ppm de enxofre).

A decisão vale para o óleo de uso rodoviário vendido em todo o território nacional. Além disso, a partir de março de 2012, todos os municípios dos estados de Sergipe, Alagoas, Paraíba e Pernambuco (com exceção da região metropolitana de Recife que já comercializa óleo diesel S-50) migrarão para o diesel S-500.

A venda de um combustível com menos enxofre já estava prevista a partir de janeiro em mais 72 municípios do Rio Grande do Sul e, a partir de março de 2012, em mais 311 novos municípios do Paraná, 59 de Santa Catarina, 30 de São Paulo e 228 da Bahia (estados onde o S-500 já é vendido em algumas localidades). Outra novidade trazida pela revisão da Resolução 42 da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural é a substituição integral do óleo diesel S-50 (com 50 ppm de enxofre) pelo óleo diesel S-10 (com 10 ppm de enxofre), a partir de  janeiro de 2013.

Este combustível com menor teor de enxofre é primordial para a implementação dos novos motores Euro 5 no país. O diesel com 10 partes de enxofre é o ideal, mas vai demorar para chegar aos postos.

A fornecedora desse combustível é a Petrobras, que informa estar investindo no aumento da capacidade de suas refinarias para atender à norma da ANP. Atualmente, uma importante parcela do consumo do óleo diesel é importado da Índia, sendo o maior produto que o Brasil traz daquele país.

O volume de diesel S-500 previsto para substituir o S-1800 em 2012 responde por aproximadamente 45,2% do volume comercializado em 2009, muito superior ao percentual de substituição em 2011, que foi de aproximadamente 19,2%.

Fonte: Portal Transporta Brasil